A mulher que torturou e manteve a própria nora, de 22 anos, em cárcere privado, em Niterói, vai seguir na prisão até o julgamento, em junho. A decisão é da juíza Claudia Monteiro Albuquerque, da 2ª Vara Criminal de Niterói. O caso aconteceu no último mês de março.
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Na decisão, tomada na última terça-feira (10), a juíza marcou a primeira audiência para o dia 2 de junho. O sogro, que é acusado de estuprar a jovem de 22 anos, teve uma participação menor nos crimes no entendimento do Ministério Público. Ele está solto momentaneamente. As informações são do g1.
“O processo está regular e válido, inexistindo vício a ensejar o reconhecimento de nulidade ou absolvição sumária dos acusados. Por tais razões, ratifico o recebimento da denúncia”, diz a decisão da magistrada.
Relembre o caso
A jovem foi resgatada pela polícia após ser mantida em cárcere privado pelos sogros. O resgate aconteceu no dia 27 de março. Na casa dois pais de seu namorado, ela conta que sofreu agressões, estupros e humilhações.
Tudo começou em outro de 2021, quando a jovem decidiu morar com os sogros pois seu namorado havia sido preso em Niterói. Ela morava no Rio.
No dia 14 de março, depois de meses na residência, ela foi visitar os filhos em um apartamento arranjado pelos próprios pais do namorado, quando foi surpreendida por uma visita do sogro.
Lá, ela conta que o homem a importunou sexualmente e, depois das negativas, decidiu estuprá-la. A partir desse dia ele passou também a ameaçá-la.
Mesmo com medo, a jovem decidiu retornar à casa dos sogros. Dias depois, o homem escolheu dormir em outro cômodo da casa após uma briga de casal.
A vítima conta que acordou ainda na madrugada levando murros da sogra e sendo questionada sobre ter tido relações com seu marido.
Humilhações frequentes
A partir dali, a jovem diz que passou a sofrer agressões com um cabo de vassoura e uma barra de ferro, além de ficar trancada no quarto. Ela também acusa o casal de fazer ameaças com facas.
A vítima conta que sofria ameaças psicológicas de que sua sogra a levaria para ser estuprada por conhecidos e, posteriormente, seria morta. Ela também chegou a levar chineladas no rosto, além de humilhações como limpar itens pessoais do casal.
Além disso, ela explica que era monitorada integralmente por uma câmera no quarto em que ficava. A jovem conseguiu ligar para um amigo que fez a denúncia à polícia.
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